Emperiféricos

E lá vem o Coletivo se Movimentando pela Zona Leste...

Manifesto Por Um Teatro Num Lugar Maldito

Teatro em Cangaíba. Mas Cangaíba fica em São Paulo? E lá tem teatro?

Fica em São Paulo e tem teatro municipal (Uau)

Porém fora do circuito da capital (Mal)

Cangaíba que do tupi guarani significa terra maldita

Lugar que não dá nada, segundo os índios, quando sementes eram plantadas

Órgão cultural do nosso sub-distrito

Leva nome de um dos principais cenógrafos que o teatro já tenha visto

Inaugurado pela migrante do sertão da Paraíba

Mas homenageá-lo em Cangaíba? Um lugar longínquo de mais

Não precisa pedir desculpa, esse lugar tem tudo haver com seus ideais

Interditado por quem Ama São Paulo que não é arquiteto é engenheiro

E que soube bem investir o nosso dinheiro. $uiçeiro!

Deixou tudo pronto para o seu sucessor que continou com tudo que o turco apitou

Pra reabrir foi preciso uma nova Estrela bilhar na cidade

Será que só as mulheres têm sensibilidade?

Era Arte contra e agora é pela barbárie

Atores em cooperação pela ocupação estável teatral

A Cia. residiu interfiriu na comunidade local

Os amigos da multidão celebram a vida e saem no jornal

A dramaturgia é do saudoso Reinaldo Maia do Folias

A Zhaneta no ensaio grita e berra

Mas o que incomoda o poder vem e Serra.

E com a serra reparte deixa em parte dividido

Melhor pra ser controlado e dirigido

Pobre e rico ninguem sabe quem é seu inimigo

Aristocrata acredita ser democrata só pode tá iludido

Entra partido e sai partido continuamos esquecidos

Onde será permitido? No Céu? Não lá dizem que é subdividido

Um deus separou cultura e educação, política e religião

Criando hierarquias e fragmentação

Burocrasia que funciona para os que estão no plano superior

E nós aqui em baixo ainda estamos esperando Godot

A reforma virá, é só esperar! Não senhor

As ruas pedem urgência! Cadê o telefone pra eu ligar?

S.O.S Flávio Império você tem que voltar!

Pois saiba que os Fuzis da senhora Carrar

estão guardados pra hora que precisar

até a Falecida de Nelson vai reencarnar e convocar

os Poetas da Vila e seus amores

Donas de casa, operários e artistas amadores

Pra fazer a OFICINA da antropofagia

Na nossa ARENA que será constituida na sua portaria

Prometeu prepare o fogo e Dionisio a orgia

Proque se isso não for do povo vocês vão ver o que é exercer cidadania

Vão sentir o amargo dos Mais Doces Bábaros de Marias

Gals, Gils e Caetanos. Os coletivos de artes estão ensaiando Tatutopodia

Balaio, Cervantes na Casa da Dita

São muito mais de Fire e você não acredita

São todos Atormentados Vocacionados do Extremos Atos

pintando sua aldeia e cantando Zumbi

E DAÍ a Periferia é Invisível até a hora de explodir

O movimento é pra unir

Frentes autonomas em prol da revolução cultural permanente

Do Brás a Cidade Tiradentes

as Pombas Urbanas pedem paz ao som de Racionais na guerra que parece do Oriente

Anonimamente encenando a vida no Cortejo Livre Leste na avenida

Itinerante. Vamos avante. É o levante! Vem comigo!

Por um teatro num lugar maldito. Mal Dito. Mau mau Dito.

Por: Emerson Alcalde

PARA SABER MAIS:

www.sosflavioimperio.blogspot.com

2º Cortejo Livre Leste


O Livre Leste volta com mais um Cortejo para movimentar a periferia leste. Dessa vez os grupos se unem para apoiar o Movimento Popular Pelos Direitos do Moradores da Várzea do Tietê, contrários a um dos maiores projetos de desapropriação e despejo, sem nenhuma política habitacional como contrapartida, em razão da construção do maior Parque Linear do Mundo, anunciado pelo Governo do Estado em parceria com a administração do Município de São Paulo e outras cidades do Alto Tietê.

O Cortejo ocorrerá dia 03 de outubro, partindo da Rua Cordão de São Francisco, na calçada da Estação Itaim Paulista da CPTM. Seguirá rumo às ruas que serão desapropriadas, com paradas para intervenções artísticas. Ao final, o grupo Buraco d’Oráculo apresentará o espetáculo “Ser Tão Ser – Narrativas da Outra Margem”, cuja temática aborda a instabilidade na questão da moradia quando o migrante chega a metrópole, levantando questões de ordem humana, política e social muito pertinentes aos atuais acontecimentos.

O Cortejo Livre Leste nasce como uma iniciativa de resistência frente a necessidade de articulação de grupos artísticos da periferia para lutar pela criação de políticas públicas que atendam a toda população de maneira justa e melhor aproveitamento das políticas já existentes e que estão mal distribuídas. Com o intuito de ocupar espaços públicos com arte, o Livre Leste tem chamado a atenção de autoridades e população em geral para assuntos de interesse público sempre abordados de maneira metafórica e reflexiva.

Os encontros do Livre Leste estão acontecendo, no momento, as quartas-feiras, as 19h. Os locais de encontro tem sido no espaço do Balaio, porém, por conta de transporte de instrumental percussivo para ensaio, o local foi modificado para

Escola de Samba Santa Bárbara
RUA JOSÉ CARDOSO PIMENTEL,1B CENTRO DO ITAIM PAULISTA, próx.à Praça Silva Teles e próx. a estação Itaim Paulista da CPTM!

Tiquatira - 13/09

Em construção ...

°°°°°

S.O.S. Flávio Império

°°°°

Convidamos os Grupos Teatrais, de Dança e Movimentos Artísticos e Culturais em Geral

A participarem da ação S.O.S Flávio Império, em prol a reabertura do Teatro Flávio Império, localizado na Rua Prof. Alves Pedroso, 600, Cangaíba/Eng. Goulart - Próximo a Estação de Trem Eng. Goulart

°°°°

Serão realizados 4 cortejos

Dias 20 e 27 de setembro

e 04 e 11 de outubro

Mais um dia (05/09), ponto de encontro na Estação Eng. Goulart com uma parada estratégica na Est. Barra Funda aonde nos esperavam pessoas especiais para irmos apresentar em mais uma Vila, desta vez na Zona Norte, fomos nos apresentar no CCJ lá na Vila Nova Cachoeirinha, com o pessoal do Tenda que faz parte do IPJ. Foi muito bom o encontro, principalmente as discussões do Circuito Formativo de Políticas Públicas para a Juventude. O tema era sobre o vegetarianismo: Opção política ou Moda? A cada dia nos surpreendemos, todos os momentos são só um pretexto para nos conhecermos mais, a sintonia é natural.

literalmente literária

hoje foi dia, bonito e de chuva, de ir até a Vila Cisper, aqui na Zona Leste de SP, para participar da Tenda Literária. o dia amanheceu frio, com nuvenzinhas convictas de que poderiam descer até nós (essas nuvens com complexo de paraquedistas...), o que já foi uma garoa de água fria no ânimo que havíamos estabelecido no dia anterior. como uma grande parte da cena se passava no chão, não deu assim tão certo apresentar. no entanto, a roda de conversa da qual participamos foi brilhante, um exemplo de como a cultura deveria e deve ser discutida a todo e qualquer momento. fomos agraciados com a presença de Alessandro Buzo, um guerreiro em nome da cultura popular, principalmente a da periferia. sua história daria um livro, e deu mesmo - A Favela Comanda. entre a fala bem articulada do rapaz e a garoa, o que construímos foi uma bela perspectiva de como andam as redes de teatro por aqui, por ali e acolá ainda. ainda precisamos lutar muito pelo que é nosso, ainda precisamos convencer muita gente de que todos somos gente, indiferentemente ao ponto que ocupamos na rosa dos ventos. todos temos o que contar, todos temos o que ensinar (e aprender, ah, aprender muito!), todos temos direito ao direito. bem, a cena de fato não apresentamos, mas a poesia estava lá, sorrindo para nós de maneira doce, mostrando que - cena ou não cena - ela vive.